Javier Milei, candidato da extrema direita, foi eleito presidente da Argentina neste domingo (19), com 55% dos votos contra 45% do candidato peronista Sérgio Massa. A vitória de Milei, que ficou em segundo lugar no primeiro turno, representa uma reviravolta na política argentina, que há décadas é dominada pelo peronismo.
Mais de 58 milhões de eleitores foram às urnas, o que representa uma participação de 76%. O resultado foi considerado uma rejeição ao atual presidente Alberto Fernández, que enfrenta índices de aprovação muito baixos, devido à crise econômica e política que o país atravessa.
Milei, um economista de 53 anos, é conhecido por suas posições radicais, como a defesa da dolarização da economia argentina e a redução da presença do Estado na sociedade. Em seu discurso de vitória, ele prometeu “um novo governo para a Argentina” e disse que “o povo argentino está cansado das velhas práticas políticas”.
Votos no exterior
Milei também venceu no exterior, com 69% dos votos na Espanha e 37% em Paris. Massa, por sua vez, venceu em Paris com 66% dos votos e 37% na Espanha.
Implicações da eleição
A eleição de Milei representa uma mudança significativa no cenário político argentino. O novo presidente é um outsider da política tradicional e suas posições radicais podem gerar um grande impacto na economia e na sociedade do país.