Amazônia, 29 de maio de 2024 – Aliando tradição e sustentabilidade para enfrentar a seca na Amazônia. Em meio à Amazônia, comunidades demonstram resiliência diante da seca extrema de 2023 com um sistema ancestral: a agrofloresta. Essa prática combina o plantio de árvores frutíferas, madeireiras e outros produtos florestais com a agricultura, pesca e criação de animais, promovendo a segurança alimentar, a geração de renda e a preservação ambiental.
Um Refúgio Contra a Seca:
Diversidade Sustentável: A variedade de cultivos garante produção mesmo durante a estiagem. Famílias como a de Claudirleia dos Santos Gomes, que antes dependiam da melancia, agora cultivam diversos frutos e vendem mudas para reflorestamento.
Riqueza da Floresta: Óleos, frutos e resinas extraídos de árvores nativas fornecem renda adicional para as famílias. O Idesam, em parceria com as comunidades, já plantou 50 mil árvores desde 2010, sequestrando 15 mil toneladas de carbono.
Segurança Hídrica: As árvores plantiadas auxiliam na retenção de água no solo, combatendo os efeitos da seca.
Um Modelo Inspirador:
Combate às mudanças climáticas: A agrofloresta contribui para a mitigação das mudanças climáticas através do sequestro de carbono.
Desenvolvimento Local: Assegura o sustento das famílias, gera renda e fixa a população no campo.
Bioeconomia: Promove a exploração sustentável dos recursos florestais, aliando tradição e tecnologia.
Aprendizados para o Futuro:
Fortalecimento das comunidades: O apoio a iniciativas como a do Idesam é crucial para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Valorização do Conhecimento Ancestral: A agrofloresta demonstra a sabedoria das comunidades tradicionais em harmonizar a produção com a preservação ambiental.
Adaptação às mudanças climáticas: Sistemas agroflorestais podem ser replicados em outras regiões como modelo resiliente para enfrentar os desafios climáticos.
A agrofloresta na Amazônia é um exemplo inspirador de como tradições ancestrais podem ser aliadas à tecnologia para garantir o futuro das comunidades e do meio ambiente. Através da diversificação da produção, exploração sustentável dos recursos e do sequestro de carbono, esse modelo demonstra ser uma alternativa viável para enfrentar as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento local.
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