Amazon – A ação faz parte da Operação Maravalha, iniciativa de um ano conduzida nos estados do Amazonas, Pará e Rondônia. Segundo autoridades, essa pode ser a maior operação do tipo em mais de cinco anos.
O Ibama, órgão responsável pela fiscalização ambiental, interditou quase uma dezena de serrarias e aplicou multas que somam R$ 15,5 milhões em apenas duas semanas. O foco principal é frear a extração irregular em áreas protegidas e terras indígenas, que estão entre as mais afetadas pelo desmatamento no país.
Além disso, as autoridades estão investigando projetos madeireiros em propriedades privadas suspeitas de falsificar documentos para encobrir a origem ilegal da madeira nativa. Como resultado, alguns desses projetos poderão ser suspensos.
“A ideia central dessa operação é conter a extração ilegal de madeira na floresta amazônica, que é o primeiro passo para o desmatamento”, explicou Jair Schmitt, chefe de proteção ambiental do Ibama, enquanto acompanhava uma apreensão de madeira ilegal em Porto Velho (RO).
Schmitt destacou que, após a retirada das espécies valiosas, a floresta muitas vezes é destruída para dar lugar a pastagens. O dinheiro obtido com a venda da madeira ilegal frequentemente financia a conversão de áreas florestais em campos para criação de gado.
Embora a maior parte da madeira extraída ilegalmente seja comercializada dentro do Brasil, parte ainda chega a mercados dos Estados Unidos e da Europa. Durante a operação, os agentes encontraram espécies valiosas, como o ipê, que corre risco de extinção. Todo o material apreendido será destinado a órgãos públicos e projetos governamentais.
No entanto, ambientalistas alertam que a exploração ilegal de madeira e os incêndios florestais continuam a causar danos que não são plenamente capturados pelos dados oficiais de desmatamento.
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