Amazon – Durante dois dias (16 e 17 de maio), o Centro de Convenções Vasco Vasques, localizado no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus, recebeu o 3º Festival Amazonas de Turismo, transformando o pavilhão em um grande mercado de ideias, sabores e produtos autorais.
A proposta foi além da divulgação de roteiros, mas também contribuiu para a geração de renda direta para quem vive da economia criativa. Todos os expositores participam sem taxa de estande e ficam com 100% das vendas.
O 3º Festival Amazonas de Turismo foi uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Amazonastur, e teve apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e outras pastas governamentais com exposições nos estandes.
Para a turismóloga Naiara Arruda, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o modelo reforça o papel social do evento. “Quando o governo disponibiliza espaço gratuito, valoriza o trabalhador da arte, do design, da gastronomia entre outros. Cada peça vendida aqui ajuda a custear estudos, pagar contas, manter oficinas abertas. Esse dinheiro volta para a comunidade e fortalece o Amazonas”, ressaltou.
Com a soma de turismo, cultura e empreendedorismo, o Festival Amazonas de Turismo consolida-se como vitrine da criatividade regional e ferramenta efetiva desenvolvimento econômico. “É assim que mostramos, ao mesmo tempo, a identidade do nosso estado e o potencial de quem transforma talento em produto”, concluiu Naiara Arruda.
Entre os microempreendedores presentes, o público encontrou desde lembranças aromáticas inspiradas na floresta e itens bovinos, até quitutes feitos a partir de receitas familiares.
O educador físico, multiartista e terapeuta holístico Kelson Nunes apresentou o Grimório Amazônico, marca que combina aromaterapia, sustentabilidade e mitologia regional. “Eu via meus alunos sofrendo com ansiedade e procrastinação. Estudando óleos essenciais descobri que os cheiros podem melhorar o foco e o bem-estar. Hoje, transformo esse conhecimento em velas de massagem, sprays energéticos e perfumes batizados com lendas amazônicas”, explicou.
Foto: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa)
Ele ainda destaca a importância do setor para o sustento de milhares de famílias “A economia criativa tem um papel vital. Para alguns, é complemento, mas para muitos, é a renda principal que paga aluguel, sustenta filhos e netos. Quando uma feira abre espaço gratuito, ajuda desde o ambulante que vende lanche até o produtor cultural”, disse Kelson Nunes.
Gastronomia
Na ala gastronômica, as atenções se voltaram para os doces regionais. Roseana Veloso comanda o estande da Ayapuá biscoitos e balas, marca familiar que leva o nome de um lago na comunidade onde surgiu a receita guardada a sete chaves.
Sem loja física desde a pandemia de Covid-19, ela depende das feiras e de encomendas on-line para manter a produção. “Aqui mostramos nosso trabalho para turistas e moradores de Manaus que ainda não nos visitaram na avenida Eduardo Ribeiro aos domingos, onde costumo vender. Esse apoio faz diferença na renda da equipe e ajuda a preservar nosso sabor tradicional”, destacou.
Além da exposição, a programação incluiu painéis sobre marketing de destinos, rodada de negócios entre artesãos, apresentações e exposições dos municípios do Amazonas.
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